A Fabulosa Aventura Pela Face
(Angelo Mundy)
A boca serve pra comer
A boca serve pra comer
Ela guarda o paladar
É onde tá o paladar, é lá que tá
Ela dá o paladar
É onde tá o paladar
Mas por ela também entra o vento
Por ela também sai o vento
Ela é passagem de ar
É um caminho pro ar por ali sair e entrar
E se a gente não fica rouca
E se a gente não fica rouca
A boca é o lar do falar
É a boca que faz a voz se amplificar
Ela é o lar do falar
E é trampolim do cantar
O olho é de onde se vê
De onde eu vejo você
Eu viajo pelo olhar
Eu voo livre pelo olhar sem sair do lugar
E o olho também é um livro
O olho é um livro vivo
Pra quem quiser estudar
Ele fica codificado até você desvendar
Mas também pode ser oceano
Ele pode ser oceano
Se o coração quer chorar
Fonte de água salgada feito água do mar
Se o coração quer chorar
Fonte de água do mar
O ouvido é o umbigo do prazer
É como um umbigo do prazer
Pois ele acende o dançar
Assim que aquela canção começar a tocar
Lá dentro tem um labirinto
Dentro tem um labirinto
Que ajuda a se encontrar
O embrião do equilíbrio pra nossa canoa não virar
É um buraco de fechadura
Um pontinho escuro com moldura
Pro brinco se pendurar
E pra agulha da cura da acupuntura furar
Pro brinco se pendurar
Pra acupuntura curar
Quem é que chega sempre primeiro?
Oh nariz, soberano pioneiro!
Vanguarda pronta pra avançar
Ele está sempre na frente até se a gente parar
O faro às vezes é visão
Claro como no caso do cão!
Então o nariz guiará
Pelos roteiros dos cheiros escondidos no ar
É a sala de recepção
Pra salto da respiração
Portas abertas pra entrar
Mas se detecta um intruso vem logo o espirro expulsar
Bem-vindo, pode entrar
Atchim! – se não tiver o crachá
O ouvido acende o dançar
Eu viajo pelo olhar
A boca é o lar do falar
Bem-vindo, pode entrar